Trump retira os EUA da Organização Mundial da Saúde (OMS)
Recentemente eleito presidente dos EUA no lugar de Joe Biden, Donald Trump anunciou oficialmente a retirada dos Estados Unidos da OMS, algo que já havia feito em 2021, durante seu primeiro mandato, sob a alegação de que a instituição estava excessivamente influenciada pela China. Segundo Trump, há necessidade em reformar a instituição, sugerindo que teria que ser mais transparente e prestar contas de suas ações e decisões.
MUNDO


Recentemente eleito presidente dos EUA no lugar de Joe Biden, Donald Trump anunciou oficialmente e novamente, a retirada dos Estados Unidos da OMS, algo que já havia feito em 2021, durante seu primeiro mandato, sob a alegação de que a instituição estava excessivamente influenciada pela China, além da necessidade de reformar a instituição, sugerindo que teria que ser mais transparente e prestar contas de suas ações e decisões.
Outro importante ponto, é que a contribuição imposta aos EUA, era significantemente maior do que a da China e que isso não estava sendo justo, pois os fundos dos contribuintes americanos não deveriam ser usados para uma organização, que Trump considera ineficaz ou tendenciosa, sobretudo, pela péssima administração da pandemia de COVID-19, que favoreceu os chineses.
O impacto dessa decisão é profundo, não apenas nas relações bilaterais entre Estados Unidos e outras nações, mas também na própria dinâmica de cooperação internacional em saúde pública. A saída dos EUA gerou incertezas sobre o futuro da OMS.
À medida que o mundo enfrentou os desafios impostos pela pandemia, a percepção da OMS pelo público internacional e pelos governos, se tornou um ponto central na análise do gerenciamento coletivo de saúde, mostrando como eventos significativos durante a emergência de saúde pública, influenciaram decisivamente essa escolha estratégica dos EUA.
A saída dos EUA da Organização Mundial da Saúde (OMS), traz implicações significativas para a estrutura do sistema de saúde global. Primeiramente, a ausência dos EUA pode resultar em uma diminuição imediata da capacidade de financiamento da OMS. Historicamente, os EUA foram um dos maiores contribuidores financeiros e essa lacuna, poderá limitar os recursos disponíveis para investigar, controlar e erradicar doenças virais transnacionais.
Com orçamento reduzido, muitas iniciativas de saúde pública em diversas partes do mundo podem ser comprometidas, especialmente naquelas regiões que já enfrentam desafios significativos de infraestrutura, como a África e parte da Ásia.
Mas acima de tudo, a perda da expertise técnica dos EUA também compromete a OMS. Os profissionais de saúde pública americanos são, frequentemente, considerados líderes em pesquisa e resposta a crises sanitárias. A saída dos EUA, pode significar que a OMS ficará sem acesso a conhecimentos e inovações, que são cruciais para a neutralização de pandemias e a resposta a surtos de doenças contagiosas. Esta situação não apenas enfraquece as capacidades da OMS, mas também prejudica a colaboração entre países, essencial para enfrentar desafios globais de saúde coletiva.
O enfraquecimento das iniciativas globais de saúde, pode levar a um aumento no número de doenças transmitidas globalmente, resultando em crises de saúde pública mais frequentes e severas. A interdependência das nações em questões de saúde, sugere que a ação unificada é crucial. Portanto, a decisão dos EUA de se retirar da OMS, impõe riscos que podem ser sentidos não apenas em território americano, mas em escala global. Portanto, o impacto da saída vai muito além do que se pode prever, sinalizando uma era de instabilidade na saúde pública mundial.
A saída dos Estados Unidos da Organização Mundial da Saúde (OMS), cria de imediato, um vácuo de liderança que a China poderá preencher. Historicamente, os EUA desempenharam um papel fundamental na governança global de saúde, influenciando políticas e diretrizes. Com a retirada norte-americana, a China, já emergindo como uma superpotência, pode explorar essa oportunidade para aumentar sua influência nas questões de saúde mundial.
Um dos principais caminhos para essa ascensão é por meio de iniciativas diplomáticas. A China tem se envolvido ativamente com países em desenvolvimento, oferecendo assistência em saúde, treinamento de médicos e, especialmente, apoio em campanhas de vacinação. Esse apoio se evidencia com a distribuição das vacinas contra a COVID-19, onde a China se destacou ao garantir suprimentos essenciais para várias nações, fortalecendo laços diplomáticos e promovendo sua imagem global como um líder responsável em saúde pública.
Além disso, os investimentos chineses em tecnologia de saúde e infraestrutura em países em desenvolvimento, contribuem para consolidar sua posição como um ator chave na governança em saúde global. Projetos que visam melhorar os sistemas de saúde locais, podem não apenas melhorar as condições de saúde nesses países, mas também fomentar um ambiente no qual a China será vista como um parceiro preferencial e confiável. Cidades e comunidades em vários continentes, já começaram a se beneficiar do apoio chinês, colocando o país em uma posição vantajosa para liderar discussões em fóruns internacionais.
Entretanto, a questão que permanece é se a China está verdadeiramente pronta para assumir essa liderança. Embora tenha demonstrado capacidades e ambições, existem desafios significativos, como a necessidade de transparência e confiança em suas propostas. A forma como gerencia suas relações internacionais e os impactos de suas iniciativas de saúde global, serão cruciais nas determinações de sua posição como líder no setor global de saúde.
A saída dos Estados Unidos da OMS, poderá ter repercussões significativas para o sistema de saúde global a longo prazo. Em primeiro lugar, a estabilidade da OMS, uma entidade fundamental na coordenação de respostas a crises de saúde, poderá ser comprometida. A retirada de um dos principais financiadores e influenciadores da organização, pode resultar em uma diminuição do financiamento e do apoio político necessário para iniciativas essenciais. Como consequência, isso pode afetar a capacidade da OMS em atuar de forma eficaz em tempos de emergência global, como pandemias.
Além disso, a saída dos EUA pode acelerar a necessidade de reformas dentro da OMS, pois o cenário atual, revela uma crescente insatisfação pela maneira com a qual a organização tem lidado com crises de saúde, levando a um aumento na demanda por transparência e eficiência. Isso pode criar um espaço para a introdução de uma estrutura ainda mais multipolar, onde a liderança em saúde global poderia ser compartilhada entre diferentes nações, como a China e países da União Europeia (UE). Essa nova dinâmica poderá permitir, que vozes antes marginalizadas tenham um papel mais proeminente nas discussões e processos de tomada de decisão.
Por fim, a comunidade internacional enfrentará a necessidade de unir esforços, para enfrentar os desafios globais de saúde no futuro. A saída dos EUA, pode inspirar uma reflexão profunda sobre a importância da colaboração internacional no desenvolvimento de um sistema de saúde, que não dependa exclusivamente de um único país.
A criação de alianças estratégicas e parcerias entre diversas nações, se torna fundamental para garantir que conhecimento, recursos e inovações em saúde, sejam compartilhados de maneira equitativa e sustentável. Assim, a saída dos EUA da OMS pode não apenas sinalizar uma mudança na liderança, mas também uma oportunidade para repensar e reformular o sistema global de saúde