Vacinas contra a COVID-19, mataram 60 pessoas no Reino Unido

Cientistas britânicos em pesquisa divulgada recentemente, informaram que durante a pandemia, surgiu uma doença rara no Reino Unido. A doença que é autoimune, ataca uma proteína especifica dos anticorpos. Cerca de 60 pessoas morreram. Quantos mais morrerão?

MUNDO

Manoel G. Oliveira

6/14/20242 min ler

Um estudo recente da Universidade de Leeds, publicado no site francês "Techno Science.net", revelou um aumento dramático de uma doença autoimune rara, durante a pandemia de COVID-19, que afetou grupos demográficos antes não afetados.

Este fenômeno inesperado levou à morte de nove pacientes, destacando a urgência de compreender e tratar esta condição. Esta doença é caracterizada por uma resposta autoimune, ou seja, é o próprio sistema imunológico, que ataca as suas próprias proteínas sentinelas, normalmente responsáveis ​​pela detecção do vírus.

Raro no Reino Unido, é geralmente observado em mulheres do Leste Asiático, vindo repentinamente a afetar 60 pessoas em Yorkshire, principalmente homens e mulheres brancos, durante a pandemia. Os resultados foram publicados no The Lancet eBioMedicine.

Suspeita-se, que a exposição à COVID-19 desencadeie esta resposta autoimune, que se manifesta em erupções cutâneas, pneumonia e doença pulmonar intersticial, que muitas vezes é fatal. O investigador principal, Professor Dennis McGonagle, destaca a importância de reconhecer os sintomas precocemente para melhorar as chances de recuperação total.

A proteína MDA5, que é essencial na detecção de vírus RNA, como o Sars-CoV-2, desempenha um papel central. Normalmente ela desencadeia uma resposta imunitária, mas em alguns casos, o sistema imunitário produz anticorpos, que atacam esta mesma proteína, levando a doenças autoimunes raras.

As semelhanças entre esta doença e a síndrome inflamatória multissistêmica pediátrica, (MIS-C) que foi observada durante a pandemia, são impressionantes.

Os sessenta pacientes estudados, apresentaram uma variedade de sintomas, incluindo dificuldade para respirar, dores musculares, erupções cutâneas e redução da circulação sanguínea nos dedos. Trinta e cinco deles foram vacinados contra a COVID-19 e 15 já haviam testado positivo. Apesar dos tratamentos imunossupressores, 41,7% desenvolveram doença pulmonar intersticial e oito morreram.

Os cientistas observaram uma forte correlação entre as taxas de vacinação em Yorkshire, com o aumento dos casos da doença MDA5 em 2021. No entanto, também observaram uma ligação com a infecção por Sars-CoV-2. Curiosamente, 42% dos pacientes não foram vacinados, sugerindo que a exposição ao coronavirus, poderia causar uma reação exagerada do sistema imunológico, mesmo sem vacinação prévia.
Este estudo, destaca a necessidade de aumentar a conscientização sobre esta condição entre os médicos, para garantir diagnósticos rápidos e tratamentos eficazes, reduzindo assim os danos pulmonares e salvando vidas.