Vacinas contra a COVID-19, mataram 60 pessoas no Reino Unido
Cientistas britânicos em pesquisa divulgada recentemente, informaram que durante a pandemia, surgiu uma doença rara no Reino Unido. A doença que é autoimune, ataca uma proteína especifica dos anticorpos. Cerca de 60 pessoas morreram. Quantos mais morrerão?
MUNDO
Um estudo recente da Universidade de Leeds, publicado no site francês "Techno Science.net", revelou um aumento dramático de uma doença autoimune rara, durante a pandemia de COVID-19, que afetou grupos demográficos antes não afetados.
Este fenômeno inesperado levou à morte de nove pacientes, destacando a urgência de compreender e tratar esta condição. Esta doença é caracterizada por uma resposta autoimune, ou seja, é o próprio sistema imunológico, que ataca as suas próprias proteínas sentinelas, normalmente responsáveis pela detecção do vírus.
Raro no Reino Unido, é geralmente observado em mulheres do Leste Asiático, vindo repentinamente a afetar 60 pessoas em Yorkshire, principalmente homens e mulheres brancos, durante a pandemia. Os resultados foram publicados no The Lancet eBioMedicine.
Suspeita-se, que a exposição à COVID-19 desencadeie esta resposta autoimune, que se manifesta em erupções cutâneas, pneumonia e doença pulmonar intersticial, que muitas vezes é fatal. O investigador principal, Professor Dennis McGonagle, destaca a importância de reconhecer os sintomas precocemente para melhorar as chances de recuperação total.
A proteína MDA5, que é essencial na detecção de vírus RNA, como o Sars-CoV-2, desempenha um papel central. Normalmente ela desencadeia uma resposta imunitária, mas em alguns casos, o sistema imunitário produz anticorpos, que atacam esta mesma proteína, levando a doenças autoimunes raras.
As semelhanças entre esta doença e a síndrome inflamatória multissistêmica pediátrica, (MIS-C) que foi observada durante a pandemia, são impressionantes.
Os sessenta pacientes estudados, apresentaram uma variedade de sintomas, incluindo dificuldade para respirar, dores musculares, erupções cutâneas e redução da circulação sanguínea nos dedos. Trinta e cinco deles foram vacinados contra a COVID-19 e 15 já haviam testado positivo. Apesar dos tratamentos imunossupressores, 41,7% desenvolveram doença pulmonar intersticial e oito morreram.
Os cientistas observaram uma forte correlação entre as taxas de vacinação em Yorkshire, com o aumento dos casos da doença MDA5 em 2021. No entanto, também observaram uma ligação com a infecção por Sars-CoV-2. Curiosamente, 42% dos pacientes não foram vacinados, sugerindo que a exposição ao coronavirus, poderia causar uma reação exagerada do sistema imunológico, mesmo sem vacinação prévia.
Este estudo, destaca a necessidade de aumentar a conscientização sobre esta condição entre os médicos, para garantir diagnósticos rápidos e tratamentos eficazes, reduzindo assim os danos pulmonares e salvando vidas.