A fuga dos presos em Portugal: incompetência, negligência e omissão.
A fuga dos cinco presos em Portugal, mais especificamente, no Estabelecimento Prisional do Vale de Judeus, em Azambuja, distrito de Lisboa, mostra a omissão dos sucessivos governos do PS com as prisões, que está sendo mantida pelo atual governo. Mostra também, a negligência e incompetência dos gestores do estabelecimento, que não se preocupavam com a falta de infraestrutura básica, para uma prisão que detém os reclusos mais perigosos do país.
PORTUGAL
A recente fuga de cinco presos do Estabelecimento Prisional do Vale de Judeus em Portugal, chocou a sociedade portuguesa e trouxe à tona, questões preocupantes relacionadas à gestão, bem como ao interesse do governo, na manutenção da infraestrutura de tais estabelecimentos.
Este lamentável incidente, não apenas evidenciou a fragilidade do sistema prisional, mas também expôs sérias deficiências em termos de infraestrutura e profissionalismo, levantando sérios debates sobre a segurança e a eficácia das instalações prisionais portuguesas, em gerir a sua população carcerária.
O ocorrido destaca a necessidade urgente, de uma revisão crítica da gestão das prisões. As notícias sobre a fuga revelaram detalhes que despertaram a indignação pública, revelando que procedimentos básicos de segurança, como a monitorização e treinamento dos escassos recursos humanos, não estavam sendo seguidos adequadamente.
Isso sem contar, que os fugitivos são homens perigosos, todos condenados a penas severas (alguns a 25 anos) e não poderiam estar em um estabelecimento prisional, que não fosse de máxima segurança.
Vejam o perfil dos fugitivos:
Fernando Ribeiro Ferreira – Português, 61 anos, condenado a 25 anos pelos crimes de tráfico de estupefacientes, associação criminosa, furto, roubo e rapto;
Rodolf José Lohrmann – Argentino, 59 anos, condenado a 18 anos e 10 meses pelos crimes de associação criminosa, furto, roubo, falsas declarações e branqueamento de capitais;
Mark Cameron Roscaleer – Britânico, 39 anos, condenado a 9 anos, pelos crimes de sequestro e roubo;Shergili Farjiani – Georgiano, 40 anos, condenado a 7 anos, pelos crimes de furto, violência depois da subtração e falsificação de documentos;
Fábio Fernandes Santos Loureiro – Português, 33 anos, condenado a 25 anos, pelos crimes de tráfico de menor quantidade, associação criminosa, extorsão, branqueamento de capitais, injuria, furto qualificado, resistência e coação sobre funcionário e condução sem habilitação legal.
Todo o desenvolvimento da situação, enfatiza a omissão do governo e a falta de competência dos gestores do estabelecimento prisional. Tais fatos não podem ser ignorados, pois para evitar que incidentes como esse se repitam, é imperativo que as autoridades portuguesas, implementem reformas estruturais urgentes nas prisões, pois as condições que permitem a ocorrência de fugas são, em grande parte, resultado de uma infraestrutura inadequada e de sistemas de segurança obsoletos, o que pode ser evitado com investimentos.
O investimento em tecnologia de ponta, bem como a contratação e treinamento de pessoal existente, deve ser uma prioridade ao Ministério da Justiça, a fim de garantir não apenas a segurança dos cidadãos de bem, mas também garantir a reabilitação dos presos.
A fuga dos cinco presos não será um caso isolado, caso permaneça o problema sistêmico da falta de investimentos. A falha em manter um ambiente prisional seguro, prejudica não apenas a segurança pública como um todo, mas, sobretudo, a dignidade dos indivíduos encarcerados.
A combinação da omissão, negligência e incompetência, somados a uma infraestrutura arcaica e precária nas prisões, precisa ser enfrentada por meio de um compromisso governamental, em busca da segurança da sociedade.