Um conflito interminável.

O conflito entre o Estado de Israel e o grupo terrorista do Hamas, se desenvolve desde outubro de 2023, com quase 39.000 vidas perdidas, segundo a autoridade palestina. Israel vem contando com apoio do EUA, que financiam o confronto com armas e dinheiro. O certo é que cerca de dois milhões e meio de palestinos perderam suas casas e encontram-se em abrigos precários.

MUNDO

Manoel Oliveira

7/13/20242 min ler

A Autoridade Nacional Palestina (ANP) apontou hoje a ajuda militar dos Estados Unidos a Israel, como responsável direto pelo devastador ataque ocorrido na área humanitária de Mawasi, situada no sul da Faixa de Gaza e que, lamentavelmente, causou a morte de mais de 70 pessoas.

Segundo declarações do porta-voz da ANP,  Nabil Abu Rudeineh, à agência de notícias oficial Wafa, a insistência da administração norte-americana em desrespeitar as resoluções internacionais, através do seu apoio financeiro e militar à ocupação israelense, fomenta os massacres diários perpetrados contra o povo palestino.

O ataque de hoje, descrito pela autoridade como um "massacre", seria parte de um "genocídio sistemático" enfrentado pela população palestina, desde o início do conflito e teve como objetivo– segundo Israel – eliminar um líder militar do Hamas, presente em Gaza.

O Ministério da Saúde da ANP apontou que, pelo menos 71 pessoas foram mortas e 289 feridas no ataque, que visaria uma área militar, mas efetivamente ocorreu perto de uma zona designada por Israel, como abrigo humanitário de milhares de palestinos, que se encontram em tendas improvisadas.

O exército israelita alegou que o alvo era efetivamente um complexo usado pelo Hamas, situado em uma área aberta e cercada de vegetação, não coincidindo com as descrições da área de tendas de Mawasi. Israel defende que sua campanha em Gaza foi deflagrada como resposta a um ataque, no qual militantes do Hamas invadiram o sul de Israel em 07 de outubro de 2023, causando a morte de 1.200 pessoas (em sua maioria civis) e o rapto de outras 250.

Desde o início deste confronto, segundo informação da ANP, mais de 38.300 pessoas perderam a vida, enquanto mais de 88.000 foram feridas nos ataques de Israel, que incluem operações terrestres e bombardeios.

Este levantamento palestino de vítimas, não diferencia o pessoal civil, dos combatentes do Hamas. A situação atual na Faixa de Gaza é avassaladora, pois mais de 80% de seus 2,3 milhões de habitantes, foram forçados a abandonar suas casas e a maioria, se encontra agora em acampamentos precários, enfrentando uma crise alimentar, que se agravou drasticamente com o avanço do conflito.

Este lamentável cenário reforça a urgência de uma intervenção humanitária, bem como de um compromisso firme, com a resolução pacífica do conflito, apontando para a necessidade de uma revisão crítica da ajuda militar externa e do impacto prolongado de tais políticas, no cenário de escalada do conflito.