UE, China, Putin e suas "ameaças" nucleares

Ursula von der Leyen espera que Xi Jinping “desanuvie as ameaças nucleares irresponsáveis” de Putin, mas o chefe da diplomacia da UE considera que impulsionar a indústria militar da Ucrânia é essencial, “hoje e amanhã, para a Ucrânia e para nós”. Enquanto a diplomacia faz caminho, a Escandinávia prepara-se (com armamento) para uma crise grave.o do post.

MUNDO

Manoel Oliveira

5/9/20241 min ler

Ursula von der Leyen espera que Xi Jinping “desanuvie as ameaças nucleares irresponsáveis” de Putin, mas o chefe da diplomacia da UE considera que impulsionar a indústria militar da Ucrânia é essencial, “hoje e amanhã, para a Ucrânia e para nós”. Enquanto a diplomacia faz caminho, a Escandinávia prepara-se (com armamento) para uma crise grave.

Ação, reação. Na semana passada, em entrevista, o Presidente francês, Emmanuel Macron, defendeu que podem vir a ser enviadas tropas ocidentais para território ucraniano no caso de a Rússia “romper as linhas da frente" — e Kiev solicitar ao Ocidente tal apoio. Este segunda-feira, Vladimir Putin reagiu, sem palavras mas com ameaça nuclear.

Por sua vez, o chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Josep Borrel, defendeu iniciativas conjuntas entre empresas ucranianas e europeias, e mesmo a utilização de fundos comunitários, para impulsionar a indústria militar da Ucrânia.

“A Ucrânia carece de munições de defesa aérea e de artilharia. As decisões de apoiar a Ucrânia têm consequências hoje e amanhã, para a Ucrânia e para nós. É uma questão de responsabilidade para os europeus", sublinhou o Alto Representante da UE para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança.

Mantendo a toada bélica, as autoridades finlandesas afirmaram esta segunda-feira que têm armas e equipamento militar armazenados na Noruega — e poderão fazê-lo igualmente na Suécia. Numa entrevista ao Financial Times, o ministro da Defesa finlandês, Mikko Heiskannen, e garantindo que “os ovos não têm de estar todos no mesmo cesto”, afirmou, perentório, sobre uma hipotética crise grave na Europa: “Não estamos sozinhos, já não. Agora podemos contar uns com os outros”.

Também os Estados Unidos consideram a possibilidade de estabelecer um grande depósito de armas na Escandinávia, numa resposta clara à possibilidade de agressão russa contra um destes países do norte da Europa.