Serviços Secretos americanos serão investigados pelo FBI
O ex-presidente Donald Trump, atual candidato do partido republicano para as eleições de novembro, foi vítima de uma tentativa de assassinato, cometida por um rapaz de 20 anos, que conseguiu burlar a segurança dos Serviços Secretos, e disparar quatro vezes contra Trump, até ser morto. Todos se perguntam como a vigilância foi burlada e o atirador conseguiu se posicionar em um telhado, a 400 metros de onde Trump estava discursando.
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Donald Trump tinha começado a falar sobre imigração em seu discurso, quando vários tiros ecoaram das arquibancadas à sua direita e todos, imediatamente, se jogaram no chão. Houve duas rajadas; primeira com três tiros e depois mais cinco.
Trump levou a mão ao ouvido direito e se jogou ao chão, antes mesmo que agentes do Serviço Secreto, pudessem correr para o palco para protegê-lo. Quando começaram a tirá-lo do palco, Trump disse-lhes para esperar e fez questão de mostrar desafiadoramente o punho, com sangue no rosto, enquanto a multidão gritava: "USA!”
É difícil imaginar, um momento que sintetize mais plenamente, a conexão visceral de Trump com seus apoiadores e seu domínio da mídia moderna. Trump disse nas redes sociais que foi "baleado e a bala perfurou a parte superior da orelha direita". As autoridades policiais, não deram maiores detalhes, sobre o que acreditam ter acontecido.
O suspeito disparou os tiros de uma posição elevada (um telhado), do lado de fora da manifestação, disse o Serviço Secreto. As autoridades também disseram, que recuperaram um fuzil do tipo AR-15, perto de seu corpo. Vídeos publicados nas redes sociais, mostraram o suspeito deitado, imóvel, no telhado de um prédio a cerca de 400 metros do palco. Em entrevista, um homem disse que viu alguém com um fuzil, subir no telhado antes do tiroteio e sinalizou várias vezes para o Serviço Secreto, que o teria ignorado.
Alguns participantes da manifestação, antes alegres, começaram a chorar, rezar ou gritar. As autoridades identificaram o atirador que tentou assassinar Donald Trump, mas ainda não estão certos dos motivos do atentado e como o atirador conseguiu se aproximar tanto do palco.
O FBI identificou o atirador como sendo Thomas Matthew Crooks, um jovem de 20 anos, natural de Bethel Park, a cerca de 40 quilômetros de Butler, a pequena cidade no oeste da Pensilvânia onde o ataque ocorreu. Crooks seria um republicano registrado, muito embora outros registros demostrem, que ele doou dinheiro para os democratas em 2021.
O ataque matou um espectador no local, deixando outros dois gravemente feridos. Trump tinha sangue no rosto quando foi escoltado do palco, mas estava se mostrando ativo. A tentativa de assassinato acrescentou uma reviravolta chocante e violenta a uma campanha presidencial, que já estava sendo a mais tumultuada do que qualquer outra em décadas.
O atual presidente e candidato dos democratas à reeleição, Joe Biden, falou publicamente após o tiroteio e com Trump no final da noite. "Olha, não há lugar na América para esse tipo de violência", disse Biden.
Outros políticos, incluindo alguns tocados pela violência, também denunciaram o tiroteio. "Estou segurando o ex-presidente Trump e todos os afetados pelo ato de violência indefensável de hoje em meu coração", postou nas redes sociais a ex-deputada Gabby Giffords, que sobreviveu a uma tentativa de assassinato. "A violência política é antiamericana e nunca é aceitável."