Retaliação de Trump às provocações de Lula, podem afetar a economia brasileira

A decisão do ex-presidente americano Donald Trump de impor tarifas de 50% sobre produtos brasileiros acendeu alertas no mercado financeiro. Especialistas projetam impactos no câmbio, inflação e investimentos caso o governo brasileiro decida retaliar. Entenda as causas e consequências desta disputa comercial.

BRASIL

Manoel Oliveira

7/12/20252 min ler

As declarações de Lula no BRICS e a resposta americana

Durante a cúpula do BRICS no Rio de Janeiro, o presidente Lula da Silva criticou publicamente as políticas comerciais dos Estados Unidos, referindo-se as suas práticas protecionistas. Pouco tempo depois, Donald Trump anunciou sobretaxas de 50% sobre produtos brasileiros, com efeitos a partir de 1º de agosto de 2025.

Os setores mais afetados com a sobretaxa, incluem o aço brasileiro (10% das exportações para os EUA em 2024), o etanol (us$ 1,2 bilhão em vendas anuais), além do café solúvel (25% do mercado americano).

Os impactos econômicos imediatos

Os primeiros efeitos já são visíveis, com o Ibovespa caindo 2,3%, fechando em 122.560 pontos em 11/07, O dólar comercial saltou para R$ 5,54 e o Risco-Brasil (CDS) aumentou 8 pontos.

Segundo Zeina Latif, economista-chefe da Gibraltar Consulting:

"Um cenário de retaliação pode levar o dólar a R$ 5,80 e pressionar a inflação para perto de 5% ao ano. Setores dependentes de importações, como eletrônicos e máquinas industriais, podem ter aumentos de até 15% nos preços."

Um erro estratégico de Trump?

Analistas questionam os benefícios da medida para os EUA, já que o Brasil é o 2º maior fornecedor de aço para as indústrias americanas e setores como o automotivo nos EUA, já manifestaram sua preocupação.

Mas talvez o pior cenário, seria uma aceleração da aproximação do Brasil com a China, que já vinha acontecendo a algum tempo, porém, de forma mais lenta.

As alternativas para o Brasil

O governo já estuda ampliar parcerias com a China, que já responde por 32% das exportações brasileiras e com a União Europeia (UE), que(importou cerca de US$ 44 bilhões em 2023.

Os próximos passos a acompanhar, será a reação do Banco Central ao câmbio e o posicionamento do agronegócio brasileiro, que sofrerá um duro golpe com o aumento de tarifas de exportação para os EUA. Não se sabe como reagirão os grandes produtores do Agro, pois a sobretaxa poderá ocasionar um aumento da oferta no mercado interno e uma consequente baixa de preços.

Contudo, sabemos que o setor do Agronegócio é fortemente alinhado com a direita brasileira e tem “estofo” para bancar um aumento maior de preços no mercado interno, aumentando a inflação para desestabilizar ainda mais, o já nocauteado governo de Lula da Silva, que teimosamente ainda mantém de pé, agarrado às cordas do Supremo Tribunal Federal e de uma elite aristocrática de esquerda, que já está correndo pela corda da âncora, para fora do barco que está afundando.

A pergunta é: até quando o povo aguentará essa queda de braço?