Ninguém fala na CPI do CHEGA!

Hoje foi a vez da audição de Nuno Rebelo de Sousa, filho do presidente da república, Marcelo Rebelo de Sousa e, como se previa, foi outro fiasco, pois sob aconselhamento de seus advogados, disse que nada responderia. Os deputados ficaram indignados e prometem enquadrá-lo no crime de desobediência. É por essas e outras, que o requerimento da CPI pelo CHEGA! foi precipitada e ingênua.

PORTUGAL

Manoel Oliveira e José Rodrigues

7/3/20242 min ler

O filho do Presidente de Portugal, Nuno Rebelo de Sousa, causou bastante polêmica hoje ao recusar-se a dar qualquer explicação em uma comissão de inquérito sobre o caso sério das gêmeas tratadas com Zolgensma.

Ele decidiu ficar em silêncio, seguindo o conselho dos seus advogados, citando leis e direitos para justificar sua posição. Essa abordagem frustrou os deputados de diversos partidos, como PSD, PCP e Livre, que acabaram por desistir de fazer mais perguntas, devido a postura fechada do depoente.

Isso traz algumas questões sobre o impacto dessa escolha tanto para o processo em questão, quanto para a confiança no sistema democrático.

Nuno, que falou por videoconferência, basicamente repetiu que não responderia as perguntas "pelas razões referidas", e essa atitude trouxe ainda mais dúvidas, especialmente quando se tratou de perguntas importantes, como aquelas relacionadas a possíveis conexões com o ex-Secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales e se ele se envolvia em lobismo.

Escolher não falar, utilizando argumentos legais para isso, faz com que os portugueses e o mundo se questionem quais serão as verdadeiras consequências dessa decisão, não só para o depoente, mas, sobretudo, para a imagem do seu pai e presidente da república, bem como para a transparência política no todo.

Além disso, a comissão de inquérito ainda não cansada de apanhar, decidiu chamar mais pessoas para depor, incluindo ex-ministros e a esposa de Nuno, o que indica que o caso é complexo e mais delicado do que parece. Esse movimento mostra como a situação pode vir a invadir a esfera pessoal, tocando em interesses variados, além de possíveis conflitos de ética.

Como essa história política vai se desenrolar ainda não se sabe, mas está claro que a busca pela verdade real e a transparência, nesse caso, apresenta muitos desafios. Tudo isso começa a lançar sombras, não só sobre as pessoas envolvidas, mas também obscurecendo a integridade das instituições democráticas de Portugal.