Maduro quer encarar os EUA

O governo da Venezuela disse esta semana que lançou uma ampla mobilização militar e começou a treinar civis para o combate, retratando as medidas como "medidas defensivas", contra o que chamou de uma ameaça crescente dos Estados Unidos. Isso ocorre em um momento no qual Washington intensifica as operações militares no Caribe, em uma campanha que, segundo autoridades americanas, visa atingir redes de tráfico de drogas e tem como o objetivo final, depor o regime tirânico de Nicolás Maduro.

MUNDO

Manoel Oliveira

10/18/20252 min ler

maduro e trump
maduro e trump

O governo da Venezuela disse esta semana que lançou uma ampla mobilização militar e começou a treinar civis para o combate, retratando as medidas como medidas defensivas, contra o que chamou de uma ameaça crescente dos Estados Unidos.
As medidas ocorrem em um momento no qual Washington intensifica as operações militares no Caribe, em uma campanha que, segundo autoridades americanas, visa atingir redes de tráfico de drogas e, como o objetivo final, depor o regime titânico de Nicolás Maduro.
Maduro e altos oficiais militares disseram esta semana, que ativaram novas zonas de defesa em todo o país e pediram aos civis, que se juntassem em um esforço patriótico para proteger a nação. Há dias, autoridades venezuelanas vêm alertando a população. O ministro da Defesa, Vladimir Padrino López, disse aos venezuelanos esta semana para se prepararem para o pior, citando o que chamou da "grave ameaça" representada pelo presidente Trump, que declarou ao Congresso americano, que os Estados Unidos estão em um conflito armado formal, com vários cartéis de drogas.
A televisão estatal venezuelana há muito tempo transmite imagens de homens e mulheres rastejando na lama com rifles, atravessando rios com cordas e apontando armas sob as instruções de soldados. Mais recentemente, exibiu exercícios de evacuação, bem como clipes de militares retirando armas e documentos das bases.
Autoridades venezuelanas, citando as dificuldades dos militares dos EUA no Vietnã e no Afeganistão, tentaram apresentar uma frente forte, alegando que milhões de combatentes estão prontos para defender o país.
Especialistas dizem que esse número é implausível e que a retórica do governo sobre a proteção da pátria, pode ter mais a ver com angariar apoio entre os cidadãos do que qualquer outra coisa, já que o exército da Venezuela nem com muita boa vontade, seria adversário para a força bélica dos Estados Unidos.
Na verdade, o governo vem recrutando milicianos de grupos leais ou alinhados ao governo. Muitos dos alistados têm vínculos com o partido no poder, comitês de bairro e redes de distribuição de alimentos.
Embora a Venezuela tenha forças militares e sistemas de armas significativos, muitos de seus equipamentos foram projetados para gerenciar instabilidades internas ou conflitos regionais, em vez de se defender de um ataque em grande escala das maiores forças armadas do hemisfério, ou seja, que nunca tiveram a intenção real de impedir a intervenção dos EUA.
Maduro afirma que todos aqueles que pensam ser esta uma situação, na qual os EUA jogam duas bombas e depois todos se rendem, não conhece os venezuelanos. Todos os especialistas, dizem que apenas uma pequena fração da população, muito provavelmente se mobilizará, no caso de uma real intervenção militar dos EUA.
A verdade é que muitas pessoas podem receber isso de braços abertos e outras que aonda dirão: "contanto que eu possa ir trabalhar amanhã e colocar pão na mesa, não me importo.'"

Maduro quer enfrentar EUA