Estamos mais próximos da III Guerra Mundial?

A Rússia está pondo em prova a unidade dos países da OTAN, com atos de sabotagem, que, por sua vez, são negados pelo Kremlin. A ativação do art. 5º da OTAN, que trata da solidariedade entre os países, caso um deles seja atacado, segundo afirmam os russos, é uma possibilidade remota.

MUNDO

Manoel Oliveira

11/28/20241 min ler

Os atos de sabotagem da Rússia contra alvos ocidentais, podem levar a OTAN a considerar invocar o Artigo 5º, que determina que, se um membro for atacado, os demais devem ajudar na resposta, conforme Bruno Kahl, chefe dos serviços de informação alemães.

Kahl, citado pelo Daily Mail, menciona que, com o aumento do potencial militar russo, um confronto direto com a OTAN é uma opção para o Kremlin e que ataques à organização, são possíveis até o final da década.

Fontes dos EUA acreditam ser improvável um ataque nuclear, apesar das ameaças de Vladimir Putin. Porém, permitir mísseis ucranianos de longo alcance contra a Rússia aumentou esse risco.

Um oficial dos EUA afirmou à Reuters, que embora não se espere que o Kremlin use suas forças nucleares, Moscou quer equilibrar o que percebe como tensão crescente com os norte-americanos.

Um desertor russo de uma base nuclear confidencial, revelou que esteve muito próximo, que Putin usasse tais armas no início da invasão da Ucrânia. Disse ainda, que armas nucleares estiveram em alerta máximo, em 24 de fevereiro de 2022.

"Antes, eram apenas exercícios. No dia em que a guerra começou, estávamos prontos para ataques teóricos no mar e no ar", relatou à BBC, citado pelo Daily Mail.

Um ataque nuclear não é a única ameaça enfrentada pelo Ocidente. Bruno Kahl afirma, que a Rússia intensifica sua guerra híbrida.

A OTAN e serviços ocidentais alertam para atividades hostis russas na área euro-atlântica, desde ataques cibernéticos, até incêndios criminosos, o que Moscou nega peremptoriamente.

Especialistas russos duvidam que o Artigo 5º da OTAN, incluindo medidas de proteção dos EUA para a Europa, seja invocado em eventual emergência. Se a Rússia atacar aliados, não terá grandes vantagens, porém testará as linhas vermelhas ocidentais, para pôr em prova a unidade da OTAN.