Diz-me com quem andas, que te direi quem és!

Lula é reconhecidamente um condenado a 12 anos de prisão em 3 instâncias do Judiciário brasileiro por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha e vive cercado do que há de pior na política brasileira e, não satisfeito, ainda inventou de cercear a liberdade de expressão, fazendo um consórcio com o STF, que sonha em transformar o Brasil na Coréia do Norte. É esse tipo, que Marcelo Rebelo de Sousa e Luiz Montenegro, fazem questão de visitar e manter relações. Minha avó já me dizia esse ditado, quando eu era pequeno: "diz-me com quem andas, que te direi que és!"

PORTUGAL

Manoel Oliveira

2/23/20252 min ler

Luís Montenegro e Lula da Silva no Rio
Luís Montenegro e Lula da Silva no Rio

QUEM COM PORCOS VIVE...

As relações diplomáticas entre Portugal e Brasil atingiram um novo capítulo complexo em 2025, levantando questões sobre os limites entre cooperação internacional e associações potencialmente prejudiciais à imagem portuguesa.

Recentemente, durante a 14ª Cimeira Brasil/Portugal, os dois países assinaram 19 acordos bilaterais, demonstrando uma aparente solidez nas relações diplomáticas. No entanto, esta aproximação tem gerado debates acalorados no cenário político português.

O atual panorama político apresenta várias camadas de complexidade. O presidente Marcelo Rebelo de Sousa encontra-se sob intenso escrutínio após acusações do líder do CHEGA!, André Ventura, relacionadas a um suposto caso de tráfico de influência envolvendo o tratamento médico de crianças brasileiras no SNS português. Ventura, que desde julho de 2024 ocupa posição no Conselho de Estado, tem sido uma voz crítica constante contra o que considera ser uma aproximação excessiva com o governo brasileiro.

A postura de Luís Montenegro, atual primeiro-ministro português, também tem gerado controvérsia. Apesar de liderar um partido que se proclama de centro-direita, sua participação entusiástica na recente cimeira com o presidente Lula levanta questionamentos sobre o posicionamento ideológico de sua gestão. O encontro bilateral, realizado no Itamaraty, foi marcado por demonstrações de cordialidade que parecem ignorar as complexidades do cenário político brasileiro.

A situação torna-se ainda mais delicada quando consideramos as conexões históricas entre figuras políticas de ambos os países. O caso mais emblemático é o do ex-primeiro-ministro José Sócrates, que enfrenta acusações de corrupção e cujo processo continua sendo um dos mais marcantes do cenário judicial português em 2025.

Paralelamente, o ex-primeiro-ministro António Costa, que mantinha relações próximas com o governo brasileiro, viu-se forçado a deixar o cargo devido à Operação Influencer, um caso que continua em investigação e promete desdobramentos significativos ao longo do ano.

O cenário atual apresenta riscos significativos para a reputação de Portugal no cenário internacional. Enquanto as relações diplomáticas e comerciais entre os dois países, vão muito além da dimensão histórica, a aproximação com um governo controverso, liderado por um presidente que enfrentou processos judiciais, pode prejudicar a imagem de Portugal como nação comprometida com a transparência e o combate à corrupção.

A situação é particularmente preocupante considerando que 2025 promete ser um ano decisivo para a justiça portuguesa, com o desenvolvimento de diversos processos importantes e a forma como o governo português administra suas relações internacionais, especialmente com o Brasil, pode influenciar a percepção pública sobre o compromisso do país com a integridade institucional.

É fundamental que Portugal encontre um equilíbrio entre manter relações diplomáticas produtivas com o Brasil e preservar sua reputação internacional. A cooperação bilateral é importante, mas não deve sobrepor-se aos princípios fundamentais de governança ética e transparência que são esperados de uma democracia europeia moderna.

Neste momento delicado, cabe aos líderes portugueses demonstrarem que é possível manter relações diplomáticas construtivas sem comprometer os valores fundamentais, que sustentam a democracia portuguesa. O desafio está em navegar estas águas turbulentas mantendo a integridade institucional e a credibilidade internacional do país.