COVID-19 de volta à Espanha
O roteiro de filme de terror voltou. Já se fala que um novo surto de COVID-19 está a assolar a Espanha. Ainda é cedo para se temer um colapso dos serviços hospitalares, mas a proximidade do inverno, que com ele trás a gripe sazonal, acende sinal amarelo nos serviços de saúde e no governo. Afinal de contas, a Espanha é logo à porta.
MUNDO


Os casos de Covid estão disparando na Espanha. Nas últimas semanas, as infecções por COVID aumentaram gradualmente na Espanha, como mostram os últimos dados publicados pelo Instituto de Saúde Carlos III (ISCIII), que reporta aos Ministérios da Saúde e da Ciência.
Já durante o verão, a taxa de incidência aumentou de 46,6 casos por 100.000 habitantes em meados de junho para 99,3 casos/100.000 habitantes na semana de 15 a 21 de setembro.
O último relatório, que compila dados até 5 de outubro, indica uma incidência de COVID-19 de 63,8 casos por 100.000 habitantes. Apesar dessa ligeira queda na última semana, os especialistas apontam para uma série de fatores, que levaram esta doença a se tornar "quase endêmica" entre a população.
As variantes recentemente detectadas , como Stratus e Nimbus , desempenharam um papel crucial. Embora aumentem a transmissibilidade, não causam casos mais graves, afirma Manuel Muro, chefe de Imunologia do Hospital Clínico Universitário Virgen de la Arrixaca: "Não há motivo para alarme ou preocupação com elas. Elas continuarão a surgir no futuro, dependendo de sua evolução", afirmou.
Os sintomas dessas duas cepas, que já estão sendo monitoradas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), são semelhantes aos de variantes anteriores, como a Ômicron. Portanto, além de febre, dor de cabeça e mal-estar geral, há também dor de garganta aguda e rouquidão.
Diante dessa escalada, os especialistas como Daniel López Acuña, ex-diretor de ação sanitária em situações de crise da OMS, insistem que a vacinação é a melhor forma de prevenir e conter infecções respiratórias como a COVID-19, mas também de gripe e outros vírus.
Volta-se aquela recomendação, que já se comprovou inócua: o uso de máscaras em ambientes de alto risco, como hospitais, centros de saúde e casas de repouso, bem como se houver uma infecção ativa. Segundo o "especialista" da OMS, também é essencial usá-las em grandes aglomerações, espaços fechados e no transporte público.
O clima de terrorismo vacinal, ao que parece, está de volta.