Caças russos invadem espaço aéreo da Estônia

Três caças russos MIG-31 violaram o espaço aéreo da Estônia, nesta sexta-feira (19/09), por um período de aproximadamente 12 minutos, fato que levou o ministro das Relações Exteriores da Estônia, a classificar de uma intrusão "descarada" no país, que é membro da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), da qual os EUA também fazem parte. A OTAN respondeu a ameaça, interceptando os jatos russos, disse Allison Hart, porta-voz da aliança militar, em uma declaração no X. "Este é mais um exemplo do comportamento imprudente da Rússia e da capacidade de resposta da OTAN". Até onde vai a ousadia de Moscou?

MUNDO

Manoel Oliveira

9/19/20252 min ler

Caças russos MIG-31
Caças russos MIG-31

OTAN ativa alerta contra Russia

Nesta sexta-feira (19/09), três caças russos MIG-3, violaram o espaço aéreo da Estônia por cerca de 12 minutos, em uma incursão considerada incomumente longa pelas autoridades estonianas. O ministro das Relações Exteriores do país, Margus Tsahkna, usou de palavras duras para o episódio, que classificou como "descarado e sem precedentes", destacando que os aviões não apresentaram plano de voo, mantiveram os transponders desligados e não estabeleceram comunicação com o controle de tráfego aéreo local.
A OTAN respondeu imediatamente, determinando a interceptação dos jatos. Caças finlandeses acompanharam as aeronaves sobre o Golfo da Finlândia e, ao entrarem no território estoniano, caças F-35 italianos, destacados para a missão Baltic Sentry, assumiram a escolta, conduzindo os aviões russos de volta ao espaço aéreo internacional.
A OTAN reforçou que o incidente é mais um exemplo do comportamento imprudente da Rússia, mas que também demonstrou a eficácia de sua resposta coordenada à potenciais ameaças.
Muito embora a Rússia já tenha invadido o espaço aéreo estoniano outras vezes desde 2014, essas ocorrências se tornaram menos frequentes após a invasão da Ucrânia, em 2022. A duração da invasão ao espaço aéreo e o número de aeronaves envolvidas, no entanto, chamaram atenção. A Estônia por seu turno, convocou o encarregado de negócios russo em protesto e o primeiro-ministro, Kristen Michal, anunciou a solicitação de consultas sob o Artigo 4 do Tratado da OTAN, mecanismo que permite discutir ameaças à segurança de um membro.
O incidente ocorre poucos dias após drones russos cruzarem o espaço aéreo polonês, o que levou a OTAN a lançar a operação Eastern Sentry (sentinela oriental), com patrulhas aéreas e marítimas intensificadas na região. O secretário-geral da OTAN, Mark Rutte, afirmou que ações como essas têm se tornado mais recorrentes no flanco oriental.
Paralelamente a isso, a União Europeia propôs antecipar em um ano, a proibição das importações de gás russo, como parte de um novo pacote de sanções, para debilitar o poder financeiro da Rússia, em financiar a continuidade da guerra contra a Ucrânia. Contudo, tal medida ainda precisa ser aprovada por todos os 27 Estados-membros da UE.